domingo, 31 de julho de 2011

A viagem

Quem sou eu:

Eu sou o teu reflexo......



Na viagem dias desses, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação externamente, interessante, quando bem interpretada. Interessante, porque nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques... 

Quando nascemos, ao embarcar nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos que farão conosco a viagem até o fim, nossos pais. 

Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afeto. Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós nossos amigos e amores. Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. 

Outros fazem à viagem experimentando somente tristezas. E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa, muitas descem e deixam saudades eternas. 

Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe. Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. 

Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessar nosso vagão e chegarmos até eles. 

O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar. Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos fantasias, esperas embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta. Façamos essa viagem da melhor maneira possível,tentando manter um bom relacionamento com todos,procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender isso. Nós mesmo fraquejamos algumas vezes.

E certamente, alguém nos entenderá. O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos. E fico pensando: quando eu descer deste trem sentirei saudades? Sim deixarei meus filhos viajando sozinhos, será muito triste. 

Separar-me dos meus amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será pra mim dolorido. Mas me agarro na esperança de que em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram. 

E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valioso. Agora, nesse momento o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. 

Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade... Quem entrará? Quem sairá?

Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que por motivo ínfimo, deixaram desmoronar. 

Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar.

Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, e tirar o melhor de todos os passageiros. 

AGRADEÇO MUITO POR VOCÊ FAZER PARTE DA MINHA VIAGEM, E POR MAIS QUE NOSSOS ASSENTOS NÃO ESTEJAM LADO A LADO, COM CERTEZA, OS VAGÕES É O MESMO. UM BEIJO A TODOS MEUS AMIGOS.

Texto adaptado da mensagem "Trem da vida de Autoria Desconhecida"




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